Quero-te aqui, nesta cadeira onde estou sentada. Quero sentir o teu corpo por baixo de mim, por cima, ao lado, onde o quiseres. Quero que me toques no pescoço, nas costas, no umbigo. Se isto é pecado - luxúria - quero pecar contigo. Quero que me faças arder nesta cama contigo e, depois, arder no Inferno: vai ser bom e bem merecido. Quero-te até seres pó, o pó de onde viste e te tornarás. E depois quero-te em ectoplasma, quando fores alma penada que não passou para o outro mundo porque algo te prende aqui. Um pecado, talvez.
Pecas por existires e não ser ao meu lado, pecas por excesso e por falta. Pecas por tempo e espaço. Pecas por seres universo e átomo. Vem, leva-me ao Nirvana e ao Samsara, ao céu e ao inferno de todas as religiões. Alinha-me os chakras, faz com que as energias fluam, mas só as positivas, as negativas ficam do lado de fora. Vamos ser pecado capital, tido como vício. Acho que viciei em ti. Queres saber? És o melhor vício que posso ter. Desejo que todos viciem - não em ti - mas em alguém. E que esse alguém vicie da mesma forma na mesma pessoa.
- Despe-te, precisamos de falar. Algo me diz que temos muito que pecar.
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