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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Replay infinito #12


E é quando me falas que eu sinto...
Que as palavras são amargas como o tinto
E esses lábios doces cor de vinho
Só me mentem ao dizer “Eu não te minto”!
E nesses olhos verdes absinto
Eu só consigo ver um labirtinto.
E é quando tu te calas que eu penso... 
Porque é que não és feito de silêncio? 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Das coisas que detesto, para além de me fazerem esperar quando sabem que não vão chegar, é que me prendam. Eu sou um corpo e acima de tudo uma alma livre. Eu faço o que quero, quando quero e se me apetecer querer. Não gosto que me prendam, que me digam "agora és minha": querido, vê se aprendes que eu não sou nem serei de ninguém. Acima de tudo sou minha e sou a pessoa mais importante na minha vida. Na realidade, quanto mais fores possessivo comigo mais eu me declaro do mundo e me passo ao fresco.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Entre dois shots dei por mim a pensar como seria voltar a dormir no teu quarto sem ti ou estar em tua casa com outras pessoas. Foi estranho pensar nisso, porque tu pertences àquele quarto e àquela casa. Pertences ao sofá azul de veludo e ao castanho de couro. Pertences ao 4º Direito Esquerdo daquele prédio.



Mas também não me impedi de pensar que se um dia voltasse lá a dormir e não fosse contigo - naquele 4º direito esquerdo - talvez sentisse algo como vingança, não iria ser mais feliz ou mais miserável por isso mas por momentos iria sentir-me bem, ali, dentro daquelas 4 paredes onde já fui tão feliz, iria novamente lá fazer a felicidade com outro - melhor ou pior não sei, mas outro que não tu.