quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Quando o frio não vem a Trás os Montes
O frio faz-me sentir bem porque fui criada nele por ele. Fui habituada a Invernos com neve e Verões do Inferno, daqueles que abafam a alma.
Gosto do frio quando me bate na cara, dos sóis de Inverno que tão trazem calor, das geadas nas folhas caídas e de quando se vê a escuridão do céu quando limpa. Gosto do luar de Janeiro que se compara ao primeiro amor, quando a escuridão é maior e o amor mais quente.
Gosto quando o gelo se forma e fica nas folhas até reluzir aos primeiros raios da manhã. Gosto quando se acumula nas zonas de sombra e parece açúcar em pó na berma da estrada.
Mas este ano, até agora, não houve frio. Não houve luares nem amores nem gelo. Não houve 9 meses de Inverno nem 3 de Inferno. Nevou lá no cume do Marão mas foi embora na chuva seguinte. Este inverno, ande por onde andar não veio cá parar no Natal. Nem no Ano Novo. Há-de chegar a Senhora das Candeias e ele sem vir.
O frio - cortante como gostamos dele - faz-nos falta como o pão na mesa. Aqui não sabemos viver em ele. Precisamos dele para saber quando matar um porco e fazer fumeiro. Precisamos dele para queimar as ervas e para dizer às videiras que ainda não está na hora.
Gosto do frio quando me bate na cara, dos sóis de Inverno que tão trazem calor, das geadas nas folhas caídas e de quando se vê a escuridão do céu quando limpa. Gosto do luar de Janeiro que se compara ao primeiro amor, quando a escuridão é maior e o amor mais quente.
Gosto quando o gelo se forma e fica nas folhas até reluzir aos primeiros raios da manhã. Gosto quando se acumula nas zonas de sombra e parece açúcar em pó na berma da estrada.
Mas este ano, até agora, não houve frio. Não houve luares nem amores nem gelo. Não houve 9 meses de Inverno nem 3 de Inferno. Nevou lá no cume do Marão mas foi embora na chuva seguinte. Este inverno, ande por onde andar não veio cá parar no Natal. Nem no Ano Novo. Há-de chegar a Senhora das Candeias e ele sem vir.
O frio - cortante como gostamos dele - faz-nos falta como o pão na mesa. Aqui não sabemos viver em ele. Precisamos dele para saber quando matar um porco e fazer fumeiro. Precisamos dele para queimar as ervas e para dizer às videiras que ainda não está na hora.
Mas ainda não veio, por isso mata-se o porco para a semana e as videiras rebentam. Sai-se à rua com uma camisola e os cachecois nem se usam. Basta-nos um impermeável, porque o nosso mal é a chuva.
E enquanto o frio não vem, as gentes fazem profecias do fim.
E quando acabar por não vir, as gentes vão recordar os tempos em que o frio vinha e gelava os ossos.
E enquanto o frio não vem, as gentes fazem profecias do fim.
E quando acabar por não vir, as gentes vão recordar os tempos em que o frio vinha e gelava os ossos.
sábado, 9 de janeiro de 2016
Movie Time #1 A Rapariga Dinamarquesa
Vai daí estou de férias até ao fim do mês de Janeiro a menos que vá a recurso, mas mesmo assim continua a ser até ao fim do mês e decidi ver uns filmes para passar o tempo porque isto está a ser secante. Desde a semana passada que comecei a ver online e na sua maioria tem sido com a temática do vinho mas hoje não vos vou falar desses. Vou-vos falar do filme A Rapariga Dinamarquesa (The Danish Girl)
Este filme conta a história do casal de pintores Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) quando, durante os anos 20 do século passado, Einar descobre que quer ser mulher. Esse desejo foi descoberto por acaso e mudou completamente a forma de ser de Einar que, passando por vários médicos, descobriu um que lhe iria fazer a mudança de sexo. Durante todo o processo, a sua esposa Gerda esteve a seu lado.
Opinião pessoal
É um filme histórico, baseado numa história real. Achei algumas partes chatas mas no geral é um bom enredo. A interpretação de Eddie e Alicia conta-nos uma história de amor antes e depois de Lili (nome feminino que Einar adotou) e não se foca tanto no processo de mudança de sexo do protagonista e por isso é que o torna uma história boa. Hollywood está a começar a sair da normal história de amor e a representar outras orientações sexuais e eu acho isso muito bom.
IMDB: 6.5/10
Bons Filmes ;)
Este filme conta a história do casal de pintores Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) quando, durante os anos 20 do século passado, Einar descobre que quer ser mulher. Esse desejo foi descoberto por acaso e mudou completamente a forma de ser de Einar que, passando por vários médicos, descobriu um que lhe iria fazer a mudança de sexo. Durante todo o processo, a sua esposa Gerda esteve a seu lado.
Opinião pessoal
É um filme histórico, baseado numa história real. Achei algumas partes chatas mas no geral é um bom enredo. A interpretação de Eddie e Alicia conta-nos uma história de amor antes e depois de Lili (nome feminino que Einar adotou) e não se foca tanto no processo de mudança de sexo do protagonista e por isso é que o torna uma história boa. Hollywood está a começar a sair da normal história de amor e a representar outras orientações sexuais e eu acho isso muito bom.
IMDB: 6.5/10
Bons Filmes ;)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
O Ramon faz 20 anos
20 anos e quase 200.000kms. Continuo a não o querer trocar e já conduzi vários modelos e até já experimentei outras marcas. Este alemão leva-me o coração quando o conduzo e leva-me a carteira quando abasteço sempre eu, sempre 98, sempre no mesmo sítio, anda nas horas, valeu-me uns sustos mas nunca me ficou nas mãos. Quando puxa, sente-se a estrada e o motor. Sente-se a liberdade e o mundo. Ramon, eu amo-te. Deus me livre estar viva quando fores para a retoma. É raro um filho andar no carro onde foi concebidos, e espero que os meus filhos andem no primeiro carro onde a mãe andou, onde o namorado da mãe andou, onde às tantas foram feitos. Não é estranho pensar assim. Se há relógios e quadros que passam de geração em geração, porque não há-de passar o Golf 3 à geração seguinte? Raios partam se o primogénito não aprende a conduzir nele porque estes carros são de guerra e levam-me ao fim do mundo. Aquele vermelho paixão que passa não engana ninguém: é a Diana. Ás tantas o vermelho paixão passa para os lábios e lá vou eu a condizer. O vermelho que ficou preso na cantina, o vermelho de onde volta e meia se ouvem músicas de curso, o vermelho cúmplice de ilegalidades no domínio da UTAD. Parabéns Ramon, venham mais 20.
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