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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sobre fogo de artifício

Nada me dá mais prazer do que ver dinheiro de impostos a estoirar em cores e formas, estalinhos e barulho que nos põe surdo. A minha felicidade quando se lança o primeiro morteiro é a mesma passado 15, 30, 60 minutos de fogo. Um dia alguém vai ver-me a ver um fogo de artifício, e nesse dia vê-me genuinamente feliz (e talvez se apaixone, entre duas rosáceas). O fogo é o culminar de um ano de trabalho para as festas e penso que dinheiro gasto em pirotecnia não é exatamente mal gasto

Não sei o que me leva - depois de ter visto bem de perto duas explosões, e de sentir o pânico aflorar - a continuar a olhar para cima para os ver rebentar. Não sei se é a adrenalina de saber que basta um ficar preso e morro, não sei se é pela beleza das novas estrelas que sobem, rebentam e apagam ao voltar à terra. Não sei. Mas quero ver os arraiais todos que há para ver.


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