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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Peace Inside

A estrada serpenteava por entre os montes amarelos e lilases dos arbustos. O carro desenvolvia ao sabor do vento, os vidros abertos deixavam entrar a brisa. Subimos até ao topo e parámos o carro. Deixamo-nos ficar dentro dele, a ver o horizonte onde o céu e a terra se encontravam nos cumes. Saíste, abriste-me a porta e abraçaste-me. 

-Dás-me uma paz - sussurraste-me ao ouvido e eu arrepiei-me com o ar. Limitei-me a sorrir.

Tonto. Mal sabes tu que a paz que sentes vem do sítio onde estás e não de mim. Eu sou um turbilhão de pensamentos, de batalhas e guerras perdidas. A paz em mim não existe. Pelo contrário, aqui neste cume existe vento e terra, a água corre além na cascata e o fogo ataca de quando em vez. A paz existe aqui, desde o princípio dos tempos estará até que o Sol expluda e nos leve com ele. A paz existe onde o silêncio não é ensurdecedor, onde aqui e ali os pássaros chilreiam, não onde os pensamentos e circunstâncias gritam aos ouvidos por dentro. Eu não te dou paz, dou-te companhia e um ombro para te ajudar a aguentar a tua vida e só assim a minha guerra se acalma. Sabes, sair um pouco de mim e estar contigo é que me traz cinco minutos de paz. E eu preciso dela agora. Onde andas?
Via We Heart It


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