Confesso: às vezes não te atendo o telemóvel e ele está ao meu lado. Às vezes demoro horas para te responder à mensagem, mas não é por mal eu juro. É porque nessas vezes eu não quero falar contigo. Não é que esteja a deixar de te amar, mas quero ter o meu momento comigo e com os eus de mim.
Eu não quero estar sempre a falar contigo porque acredito que nós temos que desligar um do outro durante o dia e irmos à vida sozinhos. Depois voltaremos a estar juntos, falar ao fim do dia, contar o que se passou depois de nos desligarmos. Afinal, se falarmos das coisas quando estão a acontecer, de que iremos falar quando estivermos a sós? Não, recuso-me. À noite falamos, falaremos até que o dia nasça - basta querer. E queremos - queremos sempre - somos o café um do outro.
Penso que as relações duradouras são feitas disso: de pequenas pausas e recomeços. Não são pausas de "dar um tempo" são pausas do tipo "vou só ali e já venho". Mesmo que o "já venho" significa que voltamos ao fim do dia. Ambos precisamos do nosso espaço, dos nossos contactos, da nossa vida fora um do outro.
Está tudo bem, vai tudo correr bem, e logo voltamos. E quando voltarmos teremos muito que falar e amar. Confessa, tu gostas mais que seja assim e queres saber mais? Se a ti te gusta a mí me encanta, corazón.
Mas mais logo falamos. Xau. Beijo doce.
Gostei bastante do teu texto, é tão profundo e meio romântico.
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Obrigada :)
Eliminarbeijinhos