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domingo, 1 de março de 2015

Loucura

Puxa-me os cabelos, faz-me arranhar-te as costas.
Provoca-me arrepios, faz-me ofegar.
Deixa-me gritar, beber o teu corpo.
Acaricia-me a barriga, faz-me cócegas de leve.
Passa os dedos pela coluna, sobe até à nuca. Para.
Agora desce até aos joelhos, sentes tremer?

Sigo a linha do pescoço, a jugular a pulsa.
No teu peito abro a mão, o coração bate ritmado, ritmo de corrida.
Vou pelo braço, veias quentes e azuis no pulso.
O resto é connosco.

O mundo precisa de loucos. Loucos uns pelos outros.
A loucura dentro de quatro paredes, fora delas, à vista de todos.
A loucura que ofusca, que brilha, que esbate.
A loucura que fica, que elucida, que excita.
A tua, a minha, a nossa.
Loucuras-me


6 comentários:

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